A Promessa de Max: A História do Cachorro Que Esperou Seu Dono por 7 Anos
Por: Wagner Lala
Na pequena cidade de Serra Azul, no interior de Minas Gerais, havia um cão chamado Max que ganhou fama não por truques ou brincadeiras, mas por algo que muitos acreditavam ser impossível: esperar por amor durante 7 longos anos.
Max era o companheiro inseparável de seu dono, Seu Antonio, um senhor viúvo de fala mansa e olhar triste, que vivia sozinho depois que a esposa partiu. Todos os dias, Max o acompanhava até a padaria da esquina e voltava com ele, sempre fiel, sempre alerta.
Mas numa manhã de domingo, Seu Antonio não voltou.
Um infarto fulminante o levou enquanto comprava pão. Max, sentado na porta da padaria, esperou... e esperou... e esperou.
Naquela mesma calçada, Max permaneceu.
Os dias viraram semanas. As semanas, meses. Moradores tentaram adotá-lo, levá-lo embora, mas ele sempre fugia e voltava para o mesmo ponto. Chuva, sol, frio. Lá estava Max, deitado no mesmo lugar, como se dissesse ao mundo: “Eu prometi que esperaria.”
Dona Lurdes, vizinha antiga de Seu Antonio, passou a alimentar Max diariamente. “É como se ele achasse que o Antonio vai voltar a qualquer momento”, dizia com os olhos marejados.
Max virou símbolo da cidade. Ganhou uma casinha improvisada ali perto, foi notícia em rádios locais e até nas redes sociais. Muitos vinham visitar “o cachorro que esperava”, tocados pela lealdade inabalável.
Sete anos se passaram.
Num fim de tarde, Max já velho, cansado e com os olhos quase sem brilho, deitou-se na sua calçada favorita e adormeceu. Naquela noite, dizem que ele partiu tranquilo, como se finalmente tivesse reencontrado seu dono.
Alguns juram que viram dois vultos caminhando lado a lado rua abaixo. Um homem de boné e um cachorro de rabo abanando. Mas isso... bem... isso fica por conta do coração de cada um.
Moral da história:
O amor verdadeiro não conhece o tempo. E entre humanos e animais, esse amor muitas vezes se mostra mais puro do que podemos imaginar.
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